quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Características de Um Bom Professor - Referencial

Quando pensamos em ensino geralmente pensamos nos nossos alunos, na matéria, no material que usaremos, porém nos esquecemos completamente que a pessoa do professor é também muito importante para uma boa aula.

A partir deste post veremos algumas caracteristicas de um bom professor.
Um bom professor é um referencial, um bom exemplo para os seus alunos.

Antes de tudo o professor é um modelo, um exemplo a ser seguido. É muito importante o conteúdo de sua matéria, mas também a sua vida é importante.

Em sua carta a Timóteo Paulo o exorta para que ele seja um padrão em todas as áreas de sua vida (1 Tm 4.12). Mais adiante ele o alerta para que Timóteo tenha cuidado com a sua doutrina e com a sua vida (1 Tm 4.16).
Não podemos dissociar aquilo que falamos daquilo que vivemos.
Nossa vida está relacionada ao que falamos. Quando isso não acontece somos hipócritas querendo enganar aos outros.
Em 1 Corintos 11.1 lemos: “sede meus imitadores, como eu sou de Cristo”. Paulo era o exemplo para os seus discípulos – ele imitava Cristo. Este versículo está no contexto em que ele fala que tudo o que fizermos deve ser feito para o Senhor.

O próprio Senhor Jesus ensinou muitas coisas aos seus discípulos pelo seu exemplo pessoal (Lucas 11.1 a 4).
Eis alguns exemplos de um bom referencial:
  • Tenha uma vida de piedade, de acordo com aquilo que ensina;
  • Seja sábio no falar, tanto em sala de aula, quanto fora;
  • Procure estudar as lições para si mesmo, e bem como para os seus alunos;
  • Seja humilde e não dono da verdade em sala de aula;

Compartilhando o Evangelho

Como podemos compartilhar o evangelho com clareza para que pessoas venham ao encontro de Jesus?

Algumas dicas são importantes tiradas do exemplo de Jesus em seus ensinos e pratica.

Ore Especificamente

Um antigo ditado nos diz o seguinte: “Antes de falar de Jesus para as pessoas, fale das pessoas para Jesus.”

Orar nos ajuda, fortalece e recorda-nos que dependemos de Deus em tudo.

Três coisas podemos pedir a Deus:
  • Oportunidades onde você possa compartilhar o evangelho com os seus amigos – Col 4.2-4
  • Ousadia para testemunhar. Os crentes do Novo Testamento entendiam isto – At 4.23-33
  • Sabedoria para falar do evangelho. Cada pessoa é diferente, age de modo diferente, e para isso precisamos ter sabedoria –Jo 16.13

Faça um cartão com o nome de seus amigos e ore especificamente por eles com regularidade. Se ele passar uma dificuldade ore por isso. Se possível, comunique ao seu amigo que você está orando por ele.

Compartilhe com alguns amigos crentes para que vocês orem juntos por esta pessoa.

Aproveite as oportunidades

Se você está orando, com certeza Deus lhe dará oportunidades para que compartilhe o que Jesus é o que tem feito em sua vida, portanto, esteja atento.

As oportunidades surgem quando menos esperamos – 1Pe 3.15

Estude a Bíblia.

Aprenda mais do plano de salvação. Veja como Jesus falou com pessoas diferentes.
Compre livros que falam do assunto e pergunte a pessoas da igreja como elas testemunham.

Forneça literatura

Folhetos, livretos sobre a salvação, qualquer material que fale a respeito da salvação.
Livros de testemunho também ajudam muito, pois relatam experiências de vida.
Mas tome cuidado! Leia tudo antes de dar ao seu amigo, para que você não fique sem saber o que falar. Ao dar um livro você tem a oportunidade de perguntar o que ele tem achado da literatura, e com isto criar um “gancho” para conversar com seu amigo.


Se disponha a estudar a Bíblia juntos

Se ele tem interesse, se ofereça para estudar a Bíblia juntos.
Procure o pastor de sua igreja e peça que ele lhe forneça um bom estudo bíblico com questões básicas, tais como: quem é Jesus? De onde viemos? O que o pecado? Por que precisamos da salvação?
Mas é importante que você estude bem antes do encontro, para não falar besteira, nem perder tempo com outros assuntos.
Se ele fizer perguntas que você não sabe, não tenha medo de dizer: não sei. Mas proponha que irá estudar e lhe trazer a resposta.

Convide para ir a igreja

Convide-o para retiros, programações especiais e outros eventos.
Ofereça um jantar em sua casa, num lugar tranqüilo onde você poderá falar melhor do que Deus tem feito em sua vida.


Não o engane, seja honesto com suas intenções, ou seja, lhe explique que o está convidando para sua casa e que lá gostaria de partilhar de algo muito precioso para você.

Mas o que falar?

Fale da salvação.

Não entre em outros assuntos que podem desviá-lo do caminho.
Ele não precisa saber tanto sobre as diferentes igrejas, mas precisa entender que precisa com urgência de Jesus em Sua vida.

Não entre em discuções.

Elas são uma avenida interminável que nunca voltam ao bom caminho. Nosso desafio é transmitir as boas novas, não discutir religiões - 1 Co 15.1- 4

Tenha um esboço

Se possível coloque em sua Bíblia um esboço com as principais passagens bíblicas a respeito de cada assunto. Existem bons folhetos que trazem uma explicação da salvação.
Não aumente nem diminua, simplesmente compartilhe o evangelho.
Leia e explique todas as passagens com ele.

Faça perguntas objetivas

Uma dos fatores mais importantes na evangelização é a arte de fazer boas perguntas.
Use perguntas tais como: “O que você entendeu deste texto?” “O que significa morte para você?” – Estas perguntas exigem que responda o que ele pensa ou o que entendeu.
Evite perguntas fechadas, tais como: “Você conhece Jesus?” ou “Você gostou do estudo?” Estas são perguntas que só se obtém um “sim” ou um “não” como respostas.

Não tenha pressa, seja sábio

Aprenda a andar nos passos de Deus.
Conheço um homem que durante sete anos testemunhou semanalmente a uma família.
Deixe Deus trabalhar. Ele sabe trabalhar como ninguém nos corações das pessoas.
Simplesmente testemunhe o que Deus fez em sua vida.

Mantenha contato

Mesmo que seu amigo não tome nenhuma decisão por Jesus a amizade é importante. Ela é um ótimo meio de demonstrar o amor de Deus. Pode ser este um primeiro passo, ou uma semente que brotará mais tarde.

Enquanto isso, ore por ela, pedindo que Deus fale ao seu coração.
Sempre que possível, desafie-o com aquilo que ela já ouviu.

Não desanime

Não sabemos quais serão as reações das pessoas.
Precisamos aprender a depender de Deus e ter a perseverança.
O testemunho cristão é um desafio e um ato de obediência a Deus.
Cristo prometeu estar ao nosso lado todos os dias, para que testemunhemos de acordo com a Sua vontade.

Esteja afiado

Compartilhar é Sua responsabilidade e quem convence é o Espírito Santo – João 16.7-11
É necessário, portanto estar em comunhão com Deus, não tendo pecados em sua vida que impedem sua atuação.

Faça um “check-up” de sua vida e veja se não há nada que impede a atuação de Deus – 1 Jo 1.5 a 2.1

Vamos a obra?

Deus deseja usá-lo! Esteja sempre disposto, pronto para testemunhar.

E lembre-se: Você é o método que Deus escolhes para testemunhar do Seu amor pelas pessoas perdidas deste mundo.

Qual o Propósito da Igreja?

Se olhassemoos para as igrejas que existem hoje em dia e perguntássemos para que ela serve, teríamos uma grande variedade de respostas, como por exemplo:
  • A igreja existe para louvar a Deus
  • A igreja existe para consolar as pessoas e dar esperança
  • A igreja existe para trazer a justiça social
  • A igreja existe para levar o evangelho aos perdidos
  • A igreja existe para ser um farol na comunidade
  • A igreja existe para apoiar causas nobres


Mas afinal de contas, qual o papel da igreja nesta sociedade, o que Deus espera dela? O que a Bíblia tem a dizer? A Bíblia fala de modo bem claro a respeito da igreja, do seu papel, do seu propósito aqui na terra. No texto conhecido como a grande comissão, encontramos ali o que Jesus esperava da igreja, quais era o seu propósito para ela.

"Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado; e eis que estou convosco todos os dias, até a consumação do século." - Mateus 28.19-20

Este é um dos últimos encontros do Senhor Jesus com os seus discipulos, antes da Sua ascenção. Ali, na Galiléia. Encontramos aqui de forma simples o plano de Deus para a sua igreja. São as últimas palavras de Jesus aos seus discipulos.


Encontramos neste texto tanto a razão fundamental pela qual a igreja deveria trabalhar. Neste texto encontramos quatro verbos importantes: ide, fazei discipulos, batizando, ensinando.

Quando estudamos a língua grega, descobrimos que este texto possui na verdade um imperativo e três partcipios. O verbo está no imperativo e os outros são consequências do primeiro.
O verbo principal deste texto não é como muitos pensam o verbo Ir, mas sim o verbo fazer discipulos. Muitas igrejas tem caído no erro de imaginar que o seu papel se resume a evangelizar, ou usando o termo, a ir pelo mundo falando de Jesus. Ir e compartilhar as boas novas fazem parte do propósito da igreja, mas não cumprem totalmente o seu papel. Quantas igrejas estão domingo após domingo "evangelizando" os seus membros e se esquecendo de alimentá-los com a verdade.

O processo de formar discipulos começa sim com o compartilhar o evangelho. Esta é uma incumbência da vida cristã pertencente a todos os cristãos. Jesus espera que tanto as nossas palavras quanto as nossas ações reflitam o seu caráter e possam levar ao mundo a mensagem da salvação. Mas quem eu evangelizarei, o indio perdido no meio da mata? É claro que ele também precisa do evangelho, tanto quanto a pessoa trabalha contigo, que é o seu visinho, ou seja, todos aqueles que estão ao seu redor e que ainda não conhecem o Senhor Jesus como Salvador pessoal.

Precisamos pensar em formas de falar, em aproveitar as oportunidades que surgem e na maneira como falamos. Isso inclui tanto uma abordagem simples, como algo mais elaborado. Pedro escreveu: "antes santificai a Cristo em vossos corações, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da vossa esperança que há em vós". 1 Pd 3.15

Deus pode usá-lo e vai usa-lo, mas para isso não se preocupe somente com as palavras, com o que vai dizer, mas também em como você vive. A sua vida também é um testemunho e fala muito. Portanto, se quer falar de coração transformado, de nova vida, pense como você vive.

Paulo ao exortar a Timóteo disse: "tem cuidado de ti mesmo e da doutrina" 1 Tm 4.16a e antes ele disse: "exercita-te na piedade" 1 Tm 4.7. Ou seja, uma vida que deseja compartilhar do evangelho deve ser uma vida que se preocupa em crescer em Cristo, em ter transformação. Não estou falando de perfeição, mas de transformação. Para tanto, ela precisa aprender a dinâmica bíblica da trasnformação em Cristo. Precisa aprender a fazer projetos, avaliar suas motivações do coração e procurar dar passos práticos de mudança.

Mas como falar? O que falar? Quando falar? e como falar? Estas são perguntas válidas e que valeriam a pena pensar um pouco sobre elas.

Num outro post iremos dar pensar em algumas possibilidades pelas quais podemos compartilhar o evangelho.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Um Bom Livro - Religião de Poder


Diante da confusão teológica que se espaha pelas igrejas, vale a pena estudar este livro.

Ele faz uma análise de algumas questões relevantes para a igreja dos dias de hoje, seus métodos de crescimento da igreja, discipulado, aconselhamento, pregação à luz da revelação bíblica.

Ele aborda de forma direta e franca os movimentos modernos que tem surgido nas igrejas atuais, comparando-os com as Escrituras.
Vários autores de renome escrevem neste livro, tais como James Boice, J.I. Packer, R.C. Sproul, Alister McGrath, David Powlinson, dentre outros.

O livro é dividido em seis partes e em cada uma é avaliada uma área da igreja. Nos primeiros capítulos de cada seção há uma descrissão de diversos movimentos. No último encontramos um caminho melhor, assim chamado por oferecer uma visão bíblica do tópico em questão.

Conheça mais deste livro: Religião de Poder
ou visite o nosso site: Biblioteca Evangélica


terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Um bom exemplo de igreja

Como a sua igreja gostaria de ser lembrada? Se uma pequena frase a pudesse descrê-la, qual seria?
No Novo Testamento encontramos relatos de várias igrejas. Temos relato da igreja de Corinto, de Éfeso, de Tessalonica, de Roma, mas uma igreja chama a atenção de todos os estudiosos das Escrituras, a igreja de Beréia.
A igreja de Beréia é umas das comunidades que menos temos relatos na Bíblia. Encontramos uma refêrencia a ela em apenas cinco versículos do livro de Atos (Atos 17.110-15). Além deste texto encontramos a menção de dois de seus membros em uma das viagens de Paulo, Sópatro e seu Pai Pirro (At 20.4).

O surgimento desta igreja foi um daqueles "acasos do Senhor", já que aparentemente Paulo não passaria por esta cidade. Ele acabou parando em Beréia, pois fora espulso de Tessalônica.
Era uma igreja pequena, quase desconhecida, pouco falada, mas sempre bem lembrada nas Escrituras. Os poucos dias passados ali impressionaram Paulo e Silas. Mais particularmente quatro atitudes os impressionaram.

A igreja de Beréia teve uma boa atitude em relação a pregação expositiva das Escrituras
A primeira qualidade estava relacionada à atitude que eles tiveram em relação à pregação de Paulo.
“...pois receberam a mensagem...”

A palavra receber demonstra a maneira como reagiram diante da mensagem.
A igreja de Beréia foi marcante, pois recebeu a Palavra e a recebeu bem. O termo aqui usado descrevia o tratamento dado a uma pessoa que era bem recebida em sua casa. Nós sabemos como receber bem alguém ou quando somos bem recebidos. Eles tiveram uma acolhida positiva. As exortações, pregações de Paulo e Silas eram bem recebidas por aquela comunidade.

Receber a Palavra implica em obediência, em não retrucar, em não colocar os seus argumentos acima dos argumentos bíblicos. Implica em não arrumar desculpas, racionalizações para não ouvi-la.

Quantas pessoas hoje em dia saem da igreja porque não concordam com o pastor, pois querem uma pregação mais “ligth”, com menos Bíblia, ou mesmo esperam que não haja pregação, e sim muito louvor. Muitos hoje aceitam outras doutrinas, outros ensinos, mas torcem o nariz para a Palavra de Deus.
A igreja de Beréia foi lembrada por ter uma submissão às Escrituras e à sua exposição publica feita por Paulo e Silas.

Como recebemos as exortações que ouvimos domingo após domingo? Como reagimos à uma exortação amorosa de um irmão em Cristo?
A igreja de Bereia demosntrou boa disposição com a mensagem bíblica

A segunda qualidade que se destaca e fez diferença nesta igreja ainda relacionada com a vontade.
No versículo 11 diz que eles receberam com avidez.

A palavra avidez poderia ser traduzida por vontade, disposição, prontidão, desejo, ânsia. Na versão NVI ela foi traduzida assim “com grande interesse”.

Este termo é bem descritivo. Demonstra a vontade em relação à Palavra. Eles tinham interesse, disposição para aprender. Os encontros na sinagoga de Beréia para estudar a Bíblia foram tremendamente compensadores, tanto para Paulo e Silas, quanto para os ouvintes, pois havia interesse, boa vontade. Creio que isso os impressionou.

Aqueles irmãos não somente receberam bem as Escrituras, como tinham grande disposição em aprender.

Não ficavam entediados porque Paulo passara do horário, porque não tinha nenhuma animação, video ou coisa, parecida, antes, pelo contrário, tinham um grande desejo de aprender a Palavra de Deus. Quando encontramos pessoas assim, ficamos muito animados.
Como reagimos diante das exortações que ouvimos domingo, após domingo? Temos interesse, vontade de aprender, ou ficamos pensando no horário, observando as roupas que as outras mulheres vestem, no jogo de futebol, ou até mesmo na pizza que iremos comer mais à noite.

Aqueles crentes se reuniam e seu interesse era somente um: As Escrituras. A vontade de aprender da Palavra de Deus.

A igreja de Beréia estudava as Escrituras
A terceira característica desta igreja mostra o que eles faziam com o ensino ministrado na Palavra de Deus. O texto bíblico nos diz que eles se reuniam para examinar as Escrituras.

Mais uma vez, encontramos uma palavra bem descritiva. O verbo examinar era um termo legal, usado para descrever uma investigação, ou quando um juiz examina um caso.

A postura daqueles irmãos era comparável a um juiz diante de um caso, um detetive que cuidadosamente estuda as pistas, as provas que tem em mãos. Isto exige tempo, reflexão, disposição, vontade, determinação.

Aqueles homens se destacavam pelo grande interesse que tinham com a Palavra de Deus, não somente por sua leitura, mas no estudo cuidadoso e acurado da mesma.
Eles não se contentavam com as trivialidades, mas no estudo criterioso. E sabemos que todo estudo, todo bom estudo leva tempo para ser feito.

O que chama a atenção é que eram pessoas comuns, não somente os líderes que tinham este interesse, mas a comunidade como um todo.

Infelizmente hoje em dia são poucos os que tomam tempo no estudo das escrituras. Alguns imaginam que este livro é um livro para profissionais, um livro para alguns. Alguns dizem que há coisas muitos difíceis na Bíblia.

Realmente há e o próprio Pedro reconhecia isto ao dizer que há coisas que Paulo escreveu que são difícieis (2Pe 3;15-15), porém ele mesmo disse mais adiante: 2Pe 3.18 – “cresçam na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus”

Certa vez o pastor Jayro Caceres disse em uma de suas mensagens: “não há nenhuma virtude na falta de conhecimento das Escrituras”. Em todos os lugares da Palavra, somos exortados a estudarmos as Escrituras. Todos os autores bíblicos nos falam desta importância.

A igreja de Beréia era constante em seu estudo da Bíblia
A quarta característica esta relacionada ao tempo. A constância também foi marcante para aqueles irmãos.

Os judeus tinham o costume de se reunir nas sinagogas uma vez por semana, aos sábados, para adorarem a Deus e estudarem as Escrituras. Eram encontros semelhantes aos nossos com algumas diferenças. Por isso que Paulo, sempre que visitava uma cidade procurava uma sinagoga, pois ali sabia que haviam pessoas que estavam estudando as Escrituras.
Mas aquelas pessoas de Beréia fugiram à regra de uma sinagoga comum e resolveram reunir-se todos os dias para este trabalho. Deixaram prioridades, gostos, diversão, descanso, para examinar a Palavra de Deus. Não sabemos se era em casa ou na sinagoga mesmo, mas eles dedicavam um tempo diário para isso.

Esta constância mostra o interesse que eles tinham pela Palavra e pelo aprendizado. Talvez imaginassem que Paulo não passaria muito tempo ali, então queriam aproveitar bem sua presença para aprender o quanto pudessem.

É interessante notar por que eles estudavam as Escrituras. Para conferir os ensinos de Paulo, não para questionar, mas para aprender. Eram criticos, não querendo achar algum erro em seu ensino, mas criteriosos.
Aqueles homens se destacavam pelo estudo constante das Escrituras.

Quando revisamos algo que aprendemos, temos a oportunidade de agredir muito mais. Há uma frase que diz que a repetição é a mãe da sabedoria. Aqueles irmãos entenderam que o tempo gasto no aprendizado das Escrituras não seria tempo desperdiçado.

Talvez não tenhamos a mesma oportunidade de nos reunirmos todos os dias na igreja para aprender da Palavra, mas temos muitos recursos que não haviam naquela época. Livros, luz elétrica, espaço, coisas que muitos deles não tinham, confortos que nos permitem nos reunir, ou mesmo estar sozinhos para estudar a Bíblia. De várias formas podemos aprender. Estudando sozinho ou em grupos, nos reunindo para aprender mais da Bíblia.

Podemos adquirir o hábito de anotar sermões para estudarmos em casa durante a semana. Ou mesmo adquirir fitas que são gravadas aqui na igreja de mensagens.

Como a sua igreja gostaria de ser lembrada?
Como uma igreja que canta bem, que tem belas pessoas? Como uma igreja que tem boas acomodações? Uma igreja que tem muitos membros?
Ou como a igreja de Beréia, com sua postura diferenciada em relação a Palavra de Deus.
“Certa vez, um famoso pastor americano viajava de trem e à sua frente ia um seminarista que lia uma revista semanal, enquanto ele estava lendo o livro de Romanos. O estudante o reconheceu e lhe perguntou como poderia comunicar com a mesma eficiência que ele. O pastor lhe respondeu:
- Meu rapaz, enquanto você estiver lendo esta revista mais do que lê este livro, terá mais conhecimento dela do que dele.”
Da mesma forma, nossa postura em relação a Bíblia está intimamente ligado ao tempo que gastamos com a mesma. Aqueles crentes foram chamados nobres, por sua postura diante da Palavra, uma postura.
O desafio de estudar a Bíblia é individual, mas os dividendos são eternos.

Os Perigos da Igreja - 2 Parte

No post anterior falamos um pouco a respeito de alguns desvios que a igreja evangélica tem enfrentado. Neste quero falar de um outro extremo, tão perigoso quanto o primeiro. Estou falando do crescimento do Liberalismo Teológico.
Num outro extremo encontramos um outro grupo, mais intelectualizado, que tem está crescendo no Brasil. Não satisfeito com algumas das tradições da igreja dita histórica, eles tem se levantado para propor uma nova espiritualidade. Começam aos poucos a questionar doutrinas que são essenciais à fé evangélica. Com os seus supostos argumentos intelectuais, relegam as Escrituras a um segundo plano.

Para tais homens a Bíblia não é a Palavra de Deus, mas contém a Palavra de Deus. Desta forma, eles advogam que nem tudo o que está na Palavra de Deus é necessariamente inspirado, mas contém erros. Advogam que devemos entender as Escrituras e ao mesmo tempo devemos dar ouvidos à ciência, seja ela qual for.

Para tais homens, a vinda de Jesus ao mundo envolvia um aspecto social e também soteriológico. Não negam completamente o aspecto salvífico, mas enfatizam demasiadamente o aspecto social. Suas mensagens, sempre tocam em algum aspecto social. A sua preocupação está em como a igreja de hoje pode influenciar a sociedade, como se envolver com ela.
Assim tem levado a igreja em se preocupar com a transformação social da sociedade e não com a proclamação do evangelho, com a defesa da fé, com o coração perdido do ser humano.
Entendem que a igreja tem que se misturar na sociedade, aproveitar o que o homem de produzido de "bom" nos campos sociais e aproveitar o que eles tem de bom. Querem misturar dois mundos opostos. Mas para fazer esta mistura tem que abrir mão de alguns valores, e geralmente os valores (crenças), e quase sempre os valores desprezados não os da Escritura.
Assim, os crentes dos dias atuais conhecem pouco, ou não conhecem as Escrituras. Sabem muitas coisas, mas não sabem lê-la, interpretá-la e aplicá-la à sua vida pessoal. Infelizmente são fracos na fé, enganados pelos ventos de doutrina, vivendo à parte da verdade.
Por isso, é urgente que nos voltemos às Escrituras, voltemos ao seu estudo regular, a busca daquilo que ela ensina, comparando com o que cremos, e acima de tudo tendo a coragem enfrentar com amor, mas firmeza àqueles que querem desvirtuar o bom caminho.
No próximo post, falaremos de uma igreja que ousou agir assim.
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