terça-feira, 6 de novembro de 2007

Um Forte amor pelo Ensino

"Quando garoto, morava num bairro da Filadélfia que era muito resistente ao evangelho. Dizia-se que era impossível fundar uma igreja evangélica ali. Mas parece que Deus tem um extraordinário senso de humor com relação à afirmação de que isto ou aquilo é impossível. Ele inspirou um pequeno grupo de crentes para que se reunissem, comprassem uma casa e ali fundassem uma igreja.

Nela havia um homem de nome Walt, que cursara apenas até a sexta série. Certo dia ele disse ao superintendente da escola dominical que queria ensinar uma classe. O outro lhe replicou:

- Ótimo, mas no momento não temos uma classe para você.

Como Walt insistisse, o superintendente disse:

- Bom, então você terá que sair por aí e arranjar alunos. Todos os que você convidar e trouxer aqui serão seus alunos.

E Walt saiu pelo bairro. Na primeira vez que se aproximou de mim, eu estava jogando bolinhas de gude na calçada.

- Garoto, disse ele, gostaria de ir a uma escola dominical?

Não me interessei nem um pouco. Se tinha o nome de escola não poderia ser coisa boa. E ele continuou:

- Que tal um joguinho, nós dois?

Ah, aí a conversa já era outra. Pusemo-nos a jogar e passamos uns ótimos momentos ali, embora ele tivesse ganhado tudo de mim. Mas, àquela altura, eu seria capaz de segui-lo onde me levasse.

Walt conseguiu reunir treze garotos do bairro para formar sua classe de escola dominical. Nove deles eram filhos de casais separados. Hoje, onze desses meninos acham-se engajados no serviço cristão em tempo integral.

Para ser sincero, não seria capaz de citar muita coisa do que ele nos disse, mas dele próprio posso dizer muita coisa, porque aquele homem me amou com o amor de Cristo. Amou-me mais do que meus pais.

Ele costumava dar longos passeios conosco, e aquele belos momentos ficaram gravados em minha mente. Não tenho dúvida de que nós lhe demos muito trabalho, agravando mais o problema cardíaco que o afligia. Mas ele andava por aqueles lugares porque nos amava.

Não era o homem mais inteligente do mundo, mas era sincero. Vivia o que pregava. Percebi isto claramente, e tenho certeza de que outros garotos também o notaram."

Trecho do Livro: Ensinando para Transformar Vidas, pg. 10,11 Howard Hendricks, Ed. Betânia

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